Lixão de Coari pega fogo a quase dois meses

No próximo dia 23 deste mês, a lixeira pública de Coari estará completando dois meses de um contínuo incêndio, que ajuda a deixar a cidade e a região do médio Solimões cheia de fumaça. Há, pelo município, campanha de prevenção às queimadas, mas a própria prefeitura faz o contrário.

De acordo com moradores das proximidades da lixeira o cheiro da fumaça é insuportável e chega a causar irritação nos olhos e na garganta. No Hospital Regional de Coari (HRC) tem crescido a procura por atendimento médico por causa da fumaça contínua.

Trabalhadores rurais e pessoas que transitam pela estrada onde está localizada o depósito de lixo da cidade, contam que já reclamaram da fumaça, mas nenhuma providência foi tomada. Nem as fortes chuvas que caíram, nos últimos dias foram capazes de apagar os focos da queimada, pois acontecem em camadas inferiores, onde o material combustível não tem contato com a água da chuva.

Membros do Observatório Social de Coari, foram no último sábado na lixeira e comprovaram que há vários focos da queimada do lixo que é coletado na cidade, inclusive lixo hospitalar.

O assunto vai ser levado ao conhecimento da Câmara Municipal de Coari (CMC), através do vereador Keitton Pinheiro, que vai cobrar providências por parte da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.  

População prestigia a 3ª Tenda da Transparência

Sucesso de público, de cidadania, de brincadeiras, de comidas, de prêmios e de alegria. Esse foi o resumo da Tenda da Transparência realizada pelo Observatório Social de Coari (OSC) no bairro Liberdade, no último sábado (10 de outubro). Centenas de brinquedos foram arrecadados entre os comerciantes e moradores da cidade, até uma bicicleta foi prêmio no binguinho. 

Mais de mil crianças, a maioria delas acompanhadas dos pais, estiveram se divertindo, comendo e recebendo informações sobre a administração municipal, que já recebeu cerca de R$ 110 milhões, entre abril e setembro/2015 e ninguém sabe como foi usado.

Impossível realizar um evento desse porte sem contar com o voluntariado de observadores, que durante uma semana trabalharam incessantemente, desde o planejamento da tenda, coleta de doações e execução da festa. Incontável o número de pessoas que doaram comida e bebida. Quem não podia doar produtos, fabricou din din, bolo e algodão doce para a alegria da criançada.

Ninguém ficou parado e sem merendar. Contando com a animação dos palhaços Carequinha e Chiquinho, alegria, música, refrigerante e kikão foram suficientes para todos e ainda sobrou. No meio de muita festa, uma mensagem de cidadania ficou gravada. A população, desde os mais novos até os mais idosos, devem ficar atentos no uso correto do dinheiro público. 

Máquina pública na eleição para Conselho Tutelar

Vira e mexe, a Prefeitura de Coari se envolve em novas denúncias de mal uso do dinheiro público. Com mais de R$ 100 milhões que entraram nos cofres públicos, o atual prefeito não consegue mostrar onde tem gasto tanto dinheiro. A interferência do chefe do Executivo no processo eleitoral é visível, de acordo com alguns candidatos.

A última denúncia que toma conta das ruas da cidade envolve as campanhas de alguns candidatos ao Conselho Tutelar, que carregam a proteção institucional. Uma fonte segura informa que até secretarias municipais estariam sendo distribuídas para favorecer candidatos, que atuariam dentro das repartições públicas fazendo campanha entre os funcionários.

As denúncias também dão como certa a distribuição de dinheiro público para custear a campanha de alguns candidatos. O que se vê pela cidade são algumas campanhas que se diferenciam das demais, onde se expõem gasto financeiro bem superior ao que uma campanha dessa natureza necessita.

A verdade é que a campanha para Conselho Tutelar ganhou características de campanha eleitoral para vereador, visto que placas, adesivos, cartazes, propaganda volante tem feito a diferença entre os candidatos. Se por um lado a campanha para conselheiros se assemelha à campanha para vereadores, por outro lado a diferença é que não há fiscalização, nem limite para abuso de poder econômico na campanha para o Conselho Tutelar. Onde há fumaça, há fogo.

Jardins de Coari estão morrendo

De nada adiantou a Prefeitura Municipal de Coari gastar quase um milhão de reais para recuperar e cuidar dos jardins da cidade. Com a grande falta de chuvas, combinando com um verão intenso as temperaturas elevadas têm sacrificado as plantas das praças e logradouros públicos. O que já foram cartões postais de Coari agora estão abandonados.

Somente um trabalho foi percebido, desde que a PMC firmou dois contratos com a empresa J.R. Lima Arruda (CNPJ 01.724.070/0001-55), no valor de R$ 817,8 mil. E foi exatamente cortando conjunto de árvores de açaí que arborizavam a rotatória diante do hospital regional. Na época, a ação foi alvo de muitos protestos da população.

Com a desculpa de que os açaizeiros não eram típicos da região e representavam perigo para quem trafega naquela área, foram arrancadas e, no lugar, plantaram três mudas de açaizeiros, que estão raquíticas, iguais as ideias de quem cuida do meio ambiente no município.

Pelo contrato a empresa teria que recompor canteiros e jardins de praças, ginásios, escolas e cemitério, unidades de saúde, rotatórias e estrada do Aeroporto, além de cuidar da preservação de todos os  jardins da cidade. Nada disso vem acontecendo.

Em qualquer praça da cidade os exemplos do desleixo são explícitos. Sequer um balde d’água foi providenciado para tentar amenizar o impacto do forte calor nas plantas. Até as mais resistentes, como açaizeiros e os gramados estão morrendo, a empresa recebendo e a cidade se acabando.