Afinal de contas, uma foto pode revelar mais que mil palavras.
DENTRO DO CEMITÉRIO SUSPEITA DE DESVIO DE ÓLEO NA AMAZONAS ENERGIA
Em Coari, nem os mortos têm sossego e a pergunta: “Cadê o óleo que tava aqui?”, bem que poderia ser uma nova versão daquele quadro do Fantástico. Mas, longe de fazer parte do sensacionalismo usual daquela rede de televisão, é a mais pura realidade que acontece no município de Coari. Não se sabe, pelo menos oficialmente, se a falta de óleo diesel ou lubrificante é que provocam os constantes “apagões”, que atingem bairros inteiros e também a zona Rural.
O gerente da Amazonas Energia, Aldemir dos Anjos afirmou, ao vivo em programa de rádio, que desvio de óleo diesel não acontece na empresa, “pelo menos que a gente tenha conhecimento”, reforçou ele. Pronto,
agora já sabe. Sabe e nada, ou quase nada, foi feito desde que uma operação estranha, num fim de semana, foi flagrada dentro do anexo do cemitério Santa Terezinha. As interrupções de energia se tornaram mais frequentes e alguns bairros como Grande Vitória, Liberdade, Pera e Monte Sinai são os mais afetados quase que diariamente, várias vezes por dia, como se fosse um castigo por estarem localizados na periferia da cidade. A zona Rural chega a sofrer por dias consecutivos sem energia elétrica, dificultando mais ainda a vida nas comunidades.
O gerente assegura que o problema não é de geração, mas “somente nos alimentadores 2 e 4 na parte
O gerente assegura que o problema não é de geração, mas “somente nos alimentadores 2 e 4 na parte
central da cidade”. Finalmente o Inquérito Policial está sendo instaurado, cinco meses depois do ocorrido, pela delegada PC Ana Maria Oliveira que pretende ouvir a direção e alguns funcionários da subsidiária da Eletrobras. Enquanto isso a gente torce para que a culpa não recaia sobre a falecida senhora Terezinha Florêncio de Oliveira, aquela que descansa em paz, eternamente, no endereço que serviu de esconderijo para o tambor de óleo. Ela também é vítima, pois levaram os portões da sepultura (o que viola sua paz) e, até agora, ninguém sabe, ninguém viu.
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