Não foi na calada da noite, mas foi no meio da manhã, quando
todos estavam ocupados com suas atividades. Não foi só um, mas vários, que tentaram
levar na marra a bomba do poço do bairro Liberdade. Foi um corre-corre, um
Deus-nos-acuda, deu até polícia.
O diretor-presidente da Companhia de Água e Esgoto de Coari
(Caesc) Geraldo Valente, acompanhado de alguns funcionários da autarquia
municipal tentou, sem sucesso, tirar a bomba do 8 cv, que extrai água de um
poço no bairro Liberdade. Deu a ordem, saiu fora e os operários apenas cumpriam o trabalho.
Chegaram e entraram num dos lotes onde fica instalado o poço
construído com recursos financeiros da própria comunidade. Alguns moradores
foram se aproximando e perguntando o que estava havendo. Logo viram a bomba,
que eles fizeram cota para comprar, saindo do poço e foi dado o alarme.
A presidente da Associação de Moradores, Selma Fernandes,
que também ocupa o cargo de vice-presidente do Observatório Social de Coari
(OSC), chegou ao local junto com duas viaturas da PM, acionadas por moradores
insatisfeitos com o ato da Caesc e em vias de perderem o equipamento.
A representante dos moradores conta que gastaram mais de R$
30 mil para mandar cavar, instalar tubos, bomba e serviços elétricos naquele
poço. “Não é justo, de uma hora pra outra, virem aqui e nos deixar sem água”,
completa.
O capitão PM Orlando orientou para que a bomba
fosse novamente instalada e os envolvidos devessem procurar a Delegacia de
Polícia para registrar o fato. Na 10ª DR a autoridade policial, depois de
analisar a questão decidiu que o caso fosse levado ao conhecimento do
Ministério Público Estadual (MPE).
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