As “muitas
obras espalhadas pela cidade”, como defende o prefeito Raimundo Nonato não
passam de remendos em pisos de praças, alguns metros de calçadas, meio-fio e
sarjeta, que sabe Deus quanto está custando o metro, já que as “obras” não estão
de acordo com o Código de Postura do Município, pois não exibem placas contendo
informações como prazo, empresa responsável, licença e custo da obra. As luminárias da iluminação pública estão recebendo pintura para outra cor, um custo sem necessidade.
Para se ter
uma ideia da possível farra com o dinheiro público, a Companhia de Água e
Esgoto de Coari (Caesc) pagou quase R$ 100 mil na execução de três poços para
captação de água. Um no bairro Nazaré Pinheiro e dois no bairro Grande Vitória.
Além da água de qualidade duvidosa, um deles construído ao lado de um
sanitário, a reportagem do Jornal Observatório constatou que o preço tá muito,
muito salgado.
Três
empresas que perfuram poços, aqui em Coari, foram consultadas para apresentar
preços em serviço semelhante ao especificado (a mesma profundidade, o
fornecimento e instalação de tubos e bomba). A diferença entre os preços dos
orçamentos apresentados e o valor que a autarquia pública pagou é gritante,
chega a mais de 100% de aumento. Aí pode estar uma explicação sobre o montante
de dinheiro que entrou nos cofres públicos e o que foi realizado em verdadeiras
obras.
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