Coari está
cada vez pior. Embora nos cofres públicos municipais tenham entrado quase R$ 74
milhões durante os meses de abril, maio, junho e julho de 2015, não se vê nada
ou quase nada feito, que justifique o uso de todo esse dinheiro. “A não ser que
estejam guardando para gastar ano que vem, já que será ano de eleição”, desconfia
um comerciante do bairro Ciganópolis.
As “muitas
obras espalhadas pela cidade”, como insiste defender o prefeito Raimundo
Nonato, não passam de remendos em pisos de praças, alguns metros de calçadas,
meio-fio e sarjeta que, sabe Deus, quanto está custando o metro, já que as
“obras” não estão de acordo com o Código de Postura do Município, pois não
exibem placas contendo informações como prazo, empresa responsável, licença e
custo da obra.
Para se ter
uma ideia da possível farra com o dinheiro público, a Companhia de Água e
Esgoto de Coari (Caesc) pagou quase R$ 100 mil na execução de três poços para
captação de água. Um no bairro Nazaré Pinheiro e dois no bairro Grande Vitória.
Além da água de qualidade duvidosa, um deles construído ao lado de um
sanitário, a reportagem do Jornal Observatório constatou que o preço tá muito,
muito salgado.
Três empreiteiros
que perfuram poços, aqui em Coari, foram consultados para apresentar preços em
serviço semelhante ao especificado (a mesma profundidade, o fornecimento e
instalação de tubos e bomba). A diferença entre os preços dos orçamentos
apresentados e o valor que a autarquia pública pagou é gritante, chega a mais
de 100% de aumento. Aí pode estar uma explicação sobre o montante de dinheiro
que entrou nos cofres públicos e o que foi realizado em verdadeiras obras.
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